Neste ano, a ACRS retorna com o “Documentário Livramento”, apresentando depoimentos reais de pessoas que passaram pelo processo de tratamento e recuperação do vício contra as drogas. Ao longo do documentário, eles detalham suas próprias experiências a fim de conscientizar a sociedade sobre os perigos em torno do mundo das drogas ilícitas.

“No mundo das drogas, a pessoa adquire muitos defeitos de caráter, ativando comportamentos ruins para sobreviver. A mentira é uma delas; a desonestidade é a primeira que pega”, diz um dos entrevistados do documentário.

O “Documentário Livramento” não se limita à exibição. Além de apresentar relatos impactantes, o projeto oferece oficinas de iniciação ao cinema para os participantes, incluindo cursos de direção cinematográfica, direção de fotografia, captação de som para cinema e documentário, além de edição para cinema e design gráfico. Todas essas atividades estão sendo realizadas nas casas de recuperação, permitindo que os usuários participem das gravações sem se afastar do tratamento”, explica o presidente da associação e diretor do documentário, Gerson Winter.

“São 15 minutos de relatos, mas que resumem a história de superação dessas pessoas. Não tenho dúvidas que será uma experiência única para todos os expectadores”, emenda.

“Esse projeto começou em 2021 com a idealização da web novela Livramento. Essa primeira parte foi uma ficção que conta como as crianças são ingressadas no mundo das drogas. Desta vez, vamos apresentar histórias reais, com dois homens que narram sua vida pregressa, seu lado mais obscuro desencadeado pela dependência química, como passar fome, frio, cometer pequenos e grandes delitos, e como conseguiram se libertar e foram reinseridos na sociedade. Agora trabalham em prol da sociedade para que outras pessoas não passem pelo que passaram”, contextualiza o diretor ao ressaltar que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), quase 30 milhões de pessoas em todo mundo sofrem com transtornos graves oriundos do consumo regular de algum tipo de droga.

“Os números são alarmantes e evidenciam que a dependência química não escolhe cor, classe ou gênero. Por isso, o projeto pretende influenciar as pessoas a escolherem o caminho do bem, especialmente aqueles que estão diante da escolha entre se afundar nesse mundo paralelo ou optar em dizer não as drogas”, assinala.