O prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio, recebeu, nessa quinta-feira (22), em seu gabinete, os vereadores Marildes Ferreira e Batista da Coder, além de profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para conversar sobre a implantação de um local em Rondonópolis para oferecer tratamento específico para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Atualmente, segundo o coordenador do Departamento de Saúde Mental da SMS, o psicólogo Douglas Vargas, há no município 266 autistas esperando para receber atendimento médico e terapia. “Isso sem falar nos que ainda aguardam a primeira consulta para fins de diagnóstico na fila do neuropediatra”, afirmou o psicólogo.
Em virtude desse cenário, foi criada uma comissão técnica formada por servidores da SMS, vereadores da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, além de membros da Associação Rondonopolitana de Pessoas com Transtorno Autista (Arpta) que, nos dias 15 e 16 de junho, visitaram o Ambulatório Encantar, em Curitiba, no Paraná, e a Associação de Pais e Amigos dos Autistas da Grande Dourados (AAGD), no Mato Grosso do Sul.
“O Ambulatório Encantar e a AAGD são entidades referência no tratamento do TEA. Então, a partir de uma audiência pública e um encontro realizados em de abril deste ano na Câmara de Rondonópolis e, depois, na Prefeitura, respectivamente, em que debatemos a necessidade de estabelecermos políticas públicas mais adequadas para atendimentos das crianças e adolescentes que vivem com transtornos do neurodesenvolvimento, mais especificamente Transtornos do Espectro Autista, ficou definida a formação de uma comissão técnica para com o intuito de conhecer serviços de referência nacionais para atendimento de crianças e adolescentes que vivem com TEA”, explicou o coordenador.
“Hoje, viemos apresentar ao prefeito um relatório sobre o que vimos e o que nos foi transmitido nessas instituições a respeito do tratamento ofertado aos autistas para darmos seguimento à proposta de implantação de um ambulatório ou um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil especializado em TEA”, disse Douglas.
Além do espaço para tratamento específico para o autismo, foi apresentada a importância de compor uma equipe de profissionais especializada em saúde mental voltada para o atendimento de crianças e adolescentes com esse distúrbio de neurodesenvolvimento.
Pátio assistiu a apresentação e manifestou a importância de já iniciar os encaminhamentos para dar início às atividades voltadas aos cuidados do TEA no município e solicitou à comissão que, até a próxima segunda-feira (26), apresente um organograma da estrutura tanto profissional quanto física e verifique um imóvel adequado na cidade para a oferta das terapias para esse público.