Representantes da empresa chinesa Anhui Guangxin Agrochemical Co. estiveram reunidos nesta terça-feira (05) com o prefeito José Carlos do Pátio, vice-prefeito Aylon Arruda e secretários para conhecer a cidade e o que ela oferece. Os chineses pretendem montar uma planta no Brasil e Rondonópolis está entre as cidades elencadas para receber investimentos de R$ 500 milhões de com a construção da nova filial da empresa que tem sede em Xangai.
A indústria chinesa produz agroquímicos, sendo mais da metade, especificamente, pesticida (54,54%), sendo que a maior parte da produção naquele país, possui como destino a América. Daí o interesse em trazer a produção para o mercado comprador.
A empresa fundada em 1993, veio ganhando mercado, e atualmente gera 2.000 postos de trabalho e está na bolsa de valores de Xangai, com valor de mercado de 2,8 bilhões de dólares. A atuação com agroquímicos vai desde a pesquisa até a entrega de pesticidas, fungicidas e herbicidas.
A planta em solo brasileiro seria para organização do produto em fase final. A expectativa é que indústria produza 200 mil toneladas de agroquímicos, quando em funcionamento, e gere 500 empregos diretos.
Para tal investimento, os representantes da indústria precisam de um local estratégico com boa logística, muita água, energia e 30 hectares para construção da sua filial brasileira. Também contam com auxílio para consultorias, visando a gestão e cumprimento da legislação para uma filial fora da China. Para construir em solo brasileiro, a chinesa já está na liberação de autorizações perante o Governo Brasileiro.
A oportunidade de ter mais uma indústria de agroquímicos entusiasmou o prefeito José Carlos que se dispôs a consolidar a parceria, colocando os técnicos da prefeitura à disposição e uma equipe para mostrar áreas nos distritos industriais, cujo terreno tenha acesso a água, pré-requisito para instalação da indústria. Para ele, áreas da saída para Campo Grande (MS) seriam as mais adequadas para a empresa asiática.
“Estamos felizes em receber os chineses, sempre respeitei o povo chinês pela inteligência e somos parceiros comerciais. Rondonópolis exporta mais para a China e importa mais da Rússia e da Bielorússia. Queremos fazer a parceria e trazer esta indústria para a nossa cidade. Entendo que o local mais adequado seriam as áreas na saída para Campo Grande, porque conta com rodovia duplicada e estaria próxima ao maior terminal intermodal da América Latina”, destacou.
Os chineses gostaram do que viram, mas entendem que precisam analisar as áreas disponíveis para a negociação, assim como, os prováveis investimentos, caso se instalem no município. Mesmo Rondonópolis tendo atrativos logísticos água e energia, um dos itens que o grupo chinês procurava era gasoduto, o que traria modificações na produção.
Outro ponto positivo da cidade, destacado pelo prefeito, é a proximidade com Campo Grande (MS), capital em que passará outra ferrovia, a que levará produtos direto para portos do Chile e em consequência encurtaria em 10 mil quilômetros a distância entre o Brasil e a China, com uma saída para o Oceano Pacífico. Na prática, haveria, no futuro, uma economia em logística.