Ansiosa para dar os primeiros passos com a prótese, Adair Maria da Cruz, de 56 anos, moradora de Cuiabá, não escondeu o entusiasmo em deixar as muletas para viver a desejada liberdade. Ela sofreu uma amputação na perna em 2022, em razão de varizes e, desde então, faz fisioterapia no Cridac.
“Eu quase não dormi essa madrugada, ansiosa por este momento. Quero essa prótese para ter liberdade, porque, com a muleta, eu fico limitada, dependendo de outra pessoa. Já com a prótese eu dependo só de mim mesma. Vou conseguir ir para igreja e mercado”, conta.
Para o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, ver pacientes felizes e esperançosos é gratificante.
“Quando vemos isso, sentimos que o dever está sendo cumprido, pois nossa missão é auxiliar o paciente em sua reabilitação, o que contribui para o convívio dele em sociedade. A atual gestão olha atentamente para as pessoas com deficiência e tem a inclusão como objetivo”, diz o gestor.
Quem também quase não dormiu de ansiedade foi o servidor público Juliano Proença, de 50 anos. Essa foi primeira vez que ele caminhou com prótese. Juliano usa muleta desde 2022, quando passou por uma amputação transfemoral devido a progressão de osteomielite, inflamação do osso causada por infecção que se agravou em razão do quadro diabético do paciente.
“Cheguei aqui um pouco assustado porque essa noite quase nem dormi. Estava com medo de não dar certo e de me frustrar, mas após os primeiros passos eu me sinto realizado. Já estou até me adaptando. Agradeço e parabenizo toda a equipe do Cridac, pois faço fisioterapia desde o ano passado e isso me ajudou muito no físico e emocional, porque eu me via numa condição nova de vida e fui bem atendido da recepção até as equipes médicas”, relata.
Vítima de um acidente de moto em 1998, Gervan Ferreira de Oliveira, de 50 anos, morador de Rondonópolis, precisou amputar parte da perna e iniciou no mesmo ano o tratamento no Cridac. “Esse serviço é imprescindível para mim. Se fosse para eu comprar todas as próteses que retirei aqui eu não teria condição financeira”, afirma.
As próteses
O secretário adjunto de Unidades Especializadas da SES, Luiz Antônio Ferreira, explica que toda prótese entregue é confeccionada de acordo com a necessidade de cada paciente.
“Antes de retirarem o equipamento, os pacientes passam por avaliação com psicólogo e fisioterapeuta, que tira todas as medidas para em seguida confeccionar. O paciente sai do Cridac com uma prótese de acordo com suas características físicas”, observa.
Conforme a diretora do Cridac, Suely Souza Pinto, as entregas de próteses desta semana vão contemplar moradores de diversos municípios do Estado, além da baixada cuiabana.
“Vamos receber pacientes de Cuiabá, Várzea Grande, Poconé, Rondonópolis, Cáceres, Juína, entre outros. A meta é alcançar as pessoas que já tiveram a concessão da prótese aprovada e as medidas tiradas”, diz Suely.
Fonte: Governo MT – MT