Dentre os bairros com maior número de casos confirmados para dengue estão o Rota do Sol com 34; Novos Campos com 25 e São Mateus e Primavera I com 24 casos. Já os três bairros com maior incidência de chikungunya são Industrial I com 73 situações; São Mateus com 44 e São Domingos com 41 registros.

O Projeto Casulo, Jardim das Acácias e Industrial Nova Prata estão com os maiores índices larvários com 10,96%; 10,71% e 10,45%, respectivamente. O recomendado pelo Ministério da Saúde é que esse número não ultrapasse 1%.

Hoje, 766 situações estão em investigação para dengue; 77 para chikungunya e uma para Zika vírus. São situações em que ainda não há o diagnóstico fechado que incluem pacientes em tratamento ou que aguardam o tempo correto para a coleta de material para exames ou que já coletaram e aguardam o retorno do resultado do material encaminhado pelo Município ao Laboratório Central (Lacen).

A preocupação da equipe com o aumento de casos é diária; somente em junho, por exemplo, no bairro Mário Raiter, os agentes de combate a endemias (ACEs) já chegaram a percorrer 16,5 quilômetros – 98% do bairro; com bombas costais para a realização de bloqueio de casos. A mesma ação já foi realizada nos bairros Novos Campos, São Domingos, Jardim Alvorada, Morada do Bosque e Boa Esperança I e II.

Com os relatórios em mãos, a enfermeira e coordenadora de Vigilância em Saúde, Taynná Vacaro, pontua o sinal de alerta para o Município principalmente em relação à chikungunya. “Nunca havíamos passado por uma situação, uma epidemia de chikungunya como agora; em 2023, durante todo o ano foram apenas dois casos e agora, em menos de seis meses já estamos com 579 registros, é assustador”, destaca.

Hoje a grande procura por atendimentos na rede de saúde são relativos à sintomas de chikungunya como dor intensa e edemas nas articulações, dor nos olhos, dor nas costas, mancha vermelha pelo corpo e muita coceira. “A recomendação é que ao apresentar um desses sintomas a pessoa procure apoio clínico da saúde”, alerta a enfermeira.

Por isso, nesse momento, é mais do que necessário que a população atue em conjunto com a Secretaria de Saúde na eliminação de criadouros do Aedes aegypti. “Desde o início do ano vínhamos alertando para a necessidade da colaboração de todos para evitarmos o aumento no número de casos, precisamos interromper o ciclo de proliferação do mosquito”, alerta Taynná. “Além das confirmações temos muitos outros casos em investigação e impedir esse ciclo cabe a todos nós, cidadãos”, acrescenta “pois não é responsabilidade do poder público limpar o quintal de ninguém.

Além de cuidar do quintal, é indicado que ao sentir sintomas relacionados às enfermidades, a população procure auxílio profissional; é nos PSFs e na UPA que são dadas as recomendações necessárias e solicitados os testes. Hoje o material para testagem é coletado no Laboratório Municipal, localizado no PSF Centro Sul.

Além do aumento de casos e do índice larvário, outra preocupação é a quantidade de lixo encontrada nos quintais e relatada pela equipe de agentes de combate a endemias (ACEs). São situações em que o acúmulo de lixo também esconde animais peçonhentos como cobras, ratos, aranhas, escorpiões, dentre outros.

“Nossa equipe orienta, pede que o morador elimine esses focos de lixo, mas há casos extremos, inclusive reincidentes em que precisamos comunicar o NIF (Núcleo Integrado de Fiscalização) para acompanhamento e multa”, detalha. Hoje, 47 agentes de combate a endemias atuam diretamente à campo.

“Nossas equipes passam e repassam e continuamos encontrando lixo e focos em situações que se repetem, estamos fazendo um apelo para a população nos auxiliar e fazer a sua parte”, reforça a coordenadora do departamento de Vigilância em Saúde Ambiental, Claudete Damasceno.

E para quem identificar situações com criadouros ou com suspeita, a recomendação é procurar a equipe técnica. Denúncias também podem ser realizadas via Ouvidoria pelo 150 ou ainda pelo aplicativo da Vigilância Sanitária via Unidade Sentinela que atende pelo número (66) 99600-1462.

Reveja algumas dicas da equipe para pôr em prática em casa e no trabalho:

✅ Retire os pratinhos nos vasos de plantas e faça furos nos vasos para vazar a água;

✅ Coloque terra ou areia até a borda nos vasos;

✅ Mantenha a caixa d’água fechada;

✅ Retire as embalagens plásticas ou celofane usados em flores e arranjos naturais e de plástico;

✅ Não deixe recipientes como copos, garrafas, embalagens ou sacos plásticos pelo quintal;

✅ Descarte o lixo somente em lugares adequados – essa dica vale para quando você estiver na rua também;

✅ Verifique a situação das calhas de sua residência;

✅ Use repelentes; cuide-se.

E para dar aquela mãozinha na limpeza do quintal, a Prefeitura oferta o serviço de coleta de resíduos sólidos – confira aqui o calendário; em que são recolhidos móveis e eletrodomésticos velhos e inservíveis; assim como restos da limpeza de jardins que incluem folhas e restos vegetais que podem servir como criadouro de insetos e animais peçonhentos, como a grama quando é cortada.