A vereadora Edna Sampaio (PT) voltou a criticar a omissão do Executivo diante da situação de emergência climática mundial, durante a sessão ordinária desta terça-feira (26). 
Ela lembrou que a cidade foi considerada a mais quente do planeta e criticou a falta de medidas para minimizar a temperatura, como a arborização e o controle da poluição dos córregos, que são essenciais para esta política.
Edna cobrou também a falta de medidas de enfrentamento pontuais, como a instalação de condicionadores de ar em todas as salas de aula e mudanças nos horários de funcionamento dos estabelecimentos.
“Não é possível que tudo o que está acontecendo não nos mova para pensar: será que as escolas precisam funcionar no mesmo horário? Será que a cidade tem que ser construída da mesma forma que vem sendo construída?”, destacou a petista.
Edna criticou a falta de alinhamento entre as sucessivas gestões que passaram pela capital e a situação de emergência climática crescente em todo o planeta, citando como exemplo, historicamente, a destruição do córrego da Prainha. 
Ela teceu críticas a políticas da atual gestão, como a substituição do prédio histórico do Mercado Municipal por uma garagem vertical, feita com base em concreto, lembrando que este ponto da cidade poderia ser melhor aproveitado, como foco de arborização e de incentivo ao turismo.
“Que contribuição a nossa inteligência, enquanto atores públicos e gestores, está dando para minimizar os efeitos da crise climática? Temos responsabilidade sobre isso, pois quem mais está sofrendo é a população, que precisa trabalhar neste sol e pega coletivo lotado, nem todos com ar condicionado. Que frequenta as escolas em uma fase mais importante para o desenvolvimento das crianças em que muitas não têm sequer fiação adequada para instalar condicionador de ar”, disse.
“Em que momento vamos pensar no que fazer, no médio e longo prazo, para conter essa tragédia que estamos vivendo? Uma tragédia anunciada, que vai levar e já está levando à extinção de muitas espécies. Os cientistas dizem que estamos diante da sexta extinção em massa no planeta Terra”, salientou.
Para a parlamentar, a omissão, a não discussão e a não formulação de políticas está levando ao aumento da desigualdade social e dos problemas de saúde mental, que se agravam nas altas temperaturas.
“O que está acontecendo com o Planeta põe em risco a existência da vida humana e estamos tratando isso como se não fosse nada. Ainda somos regidos e governados por quem acha que o marco temporal das terras indígenas precisa ser discutido. Estamos falando do direito dos povos indígenas de preservar a terra. Graças a eles, o Brasil não é hoje um deserto”, alertou.
Da Assessoria
Fonte: Câmara de Cuiabá – MT