Segundo o campeão, sua vitória é fruto de muita dedicação. “A maior batalha é sempre comigo mesmo, todos os dias, tentando manter a disciplina e o foco nos treinamentos. Durante um mês, mantive uma rotina de quatro treinos ao dia”, contou Chico, ao relatar que sua meta é se manter invicto até sua entrada na categoria profissional.

O atleta, apesar de jovem, já carrega uma longa bagagem de competições e medalhas em sua trajetória. “Já participei de 13 competições, fiz inúmeras lutas com atletas talentosos, e a grande maioria das competições eu estive no pódio. Tenho seis medalhas de ouro e duas medalhas de bronze”, pontua ele ao dedicar sua vitória aos seus pais.

“Eu quero viver a capoeira até meu último dia de vida, porque sempre ela esteve de braços abertos para mim. Um dia antes do meu nascimento, minha mãe jogou capoeira; meus pais dizem que eu ginguei antes mesmo de andar. Quero manter esse legado vivo na minha família, e vou ser o melhor capoeirista do mundo, profissionalmente, algum dia”, concluiu.

Sorriso participou do campeonato com uma delegação de 17 capoeiristas, que batalharam pelas categorias infantil e juvenil masculino e feminino. Todos eles fazem parte dos grupos de capoeira Nagô, Capoeira Brasil e Muzenza, dos polos de cultura da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Juventude de Sorriso-MT.

Para o professor do Grupo Capoeira Brasil, Jefferson Reber Scholz (Bordado), participar do campeonato foi uma experiência rica para todos. “O nível técnico das competições estava altíssimo. Nossos alunos lutaram lindamente e todos aprendemos muito. Agora, podemos nortear nossos próximos passos e aprimorar ainda mais nossas técnicas de trabalho. Além disso, as crianças se divertiram bastante e puderam conhecer alguns pontos turísticos da cidade de Brasília”, contou ele.

Os atletas viajaram com o apoio da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Cultura, Turismo e Juventude e de patrocínios privados. Mato Grosso foi destaque na competição trazendo ao Estado o 1° e 2° lugares nas categorias juvenil masculina e juvenil feminina.