Eletrofisiologia Cardíaca
Procedimento diagnóstico e terapêutico, minimamente invasivo, revoluciona o tratamento das arritmias cardíacas em Nova Mutum – MT
O que é? A Eletrofisiologia Clínica e Invasiva, é uma subespecialidade da cardiologia dedicada ao estudo, diagnóstico e tratamento curativo das alterações do ritmo cardíaco. Essa área já é bem consolidada e tem ganhado cada vez mais destaque no cenário médico por sua eficácia e segurança no combate às arritmias.
Conforme relata o médico cardiologista, Prof. Dr. Ricardo Carneiro Amarante, especialista em arritmias e marcapassos, e com título de Doutor pela Universidade de São Paulo, “a eletrofisiologia é uma área da medicina que estuda as características elétricas das células, tendo as análises voltadas para o diagnóstico e tratamento dos pacientes com arritmias no coração, as quais são geralmente referidas como acelerações, desmaios, falhas na batida do coração, cansaço, sensação de pressão baixa ou batidas do coração sentidas no pescoço,”.
Essa área se tornou realidade em Nova Mutum, desde março de 2024, e já apresenta números encorajadores. Segundo o médico “nós iniciamos o projeto do zero e hoje já ultrapassamos a marca superior a 130 procedimentos realizados com sucesso”.
O conhecimento e a experiência do Dr. Amarante, juntamente com a infra-estrutura do Hospital Regional Hilda, permitiram o tratamento das arritmias de todos os graus de complexidade, mesmo como aquelas que podem causar morte súbita. Em situações bastante específicas, pode haver a necessidade, posteriormente, de implante de marcapassos convencionais ou especiais.
Batimento cardíaco acelerado requer atenção
As arritmias são alterações do ritmo do coração, que podem ocorrer de forma rápida, as taquicardias, ou de forma lenta, as bradicardias. Essas mudanças no coração podem causar desde leves desconfortos até complicações graves, como formação de coágulos no coração, insuficiência cardíaca e, até mesmo, parada cardíaca.
Conforme o Dr. Amarante, “para um adequado entendimento da queixa do paciente, deve ser analisada a história clínica do paciente, os seus antecedentes pessoais e familiares, e o eletrocardiograma deve ser utilizado como método diagnóstico inicial. Muitas vezes, precisamos de registros do ritmo do coração durante períodos mais longos, como no exame de Holter de 24 horas, ou durante esforço, através do exame de teste ergométrico, ou ainda, precisamos da imagem do coração, seja por ultrassom, tomografia ou ressonância nuclear magnética. Na sequência, o estudo eletrofisiológico tem a função mapear o sistema elétrico do coração, identificar a origem das arritmias e incluir intervenções mais precisas e curativas, como a ablação por radiofrequência, procedimento que inativa as células do coração responsáveis por gerar ou conduzir os impulsos elétricos inapropriados”.
A evolução tecnológica
A experiência aliada à evolução tecnológica tem sido fundamental para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do tratamento minimamente invasivo, especialmente, das arritmias cardíacas, o que é comemorado pelo Dr. Amarante, por trazer maiores e melhores resultados.
“Como exemplos, o uso do mapeamento eletroanatômico tridimensional, permite a criação de imagens detalhadas do coração, ajudando os médicos a localizarem e tratarem com maior precisão os focos de arritmia. Além disso, hoje temos disponível aqui em Mutum, o ultrassom intracardíaco (ICE). Podemos dizer que mesmo em São Paulo, não são todos hospitais que o tem disponível. Trata-se de um cateter de três milímetros de largura que passa pela veia da perna, sem necessidade de realizar corte ou dar ponto, e que gera imagens de ultrassom por dentro do coração”, comemora o médico.
Responsável por trazer essas tecnologias para Nova Mutum, o Dr. Amarante inseriu novos métodos e rotinas, que deixa Nova Mutum mais bem assistida, tornando o hospital local em nível competitivo, mesmo quando comparado a outros hospitais referência localizados em grandes centros.
As conquistas nessa área só foram possíveis por conta de acordos feitos junto ao município e ao Estado, por meio da Secretaria de Saúde, intermediado pelos gestores do Hospital Hilda Strenger Ribeiro, isso tudo nos permite trabalhar com bastante seriedade, resolutividade e qualidade”, frisou.
Tratamento eficazes
Além de oferecer tratamentos eficazes, a eletrofisiologia invasiva proporciona aos pacientes uma recuperação rápida, hospitalizações curtas, em média, 24h de internação, alto nível de segurança e sem a necessidade de cortes ou pontos.
Um dos principais ganhos para a sociedade tem sido a possibilidade de tratar de forma curativa os pacientes que, em outros tempos, teriam poucas ou nenhuma opção de intervenção ou que dependeriam de medicamentos ao longo da vida, com diversos possíveis efeitos colaterais e maior probabilidade de recorrência das arritmias.
Pode haver arritmias com ou sem sintomas?
Sim. Essa abordagem não se limita ao tratamento das arritmias sintomáticas. Segundo o cardiologista, ela também desempenha um papel crucial na prevenção de complicações das arritmias que não geram sintomas, justamente, porque o paciente não sabe da existência delas. Desta forma, os pacientes que apresentam alto risco de desenvolver arritmias mais graves como, fibrilação atrial ou outras arritmias malignas, podem ser diagnosticados e tratados precocemente, reduzindo de forma expressiva o risco de desfechos graves.
Voltando ao tema fibrilação atrial (FA), esse tipo de arritmia causa aceleração cardíaca de forma irregular e tem o aumento da sua incidência com o avançar da idade e, também, quando há outras doenças associadas no coração, como infarto agudo do miocárdio (IAM) e insuficiência cardíaca (ICC), por exemplo. O maior problema da fibrilação atrial é o aumento do risco de formação de coágulos dentro do coração, que podem se deslocar e chegar até o cérebro, provocando o temido derrame ou acidente vascular cerebral (AVC).
Já a síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW) é outro exemplo que pode levar a episódios de taquicardia e com aumento do risco de complicações. Esta síndrome é uma condição congênita e seus sintomas podem se manifestar em qualquer idade, como acelerações, desmaios, cansaço excessivo, entre outros. Para evitar problemas como esses, Dr. Ricardo recomenda fazer avaliação cardiológica, mesmo que a pessoa não apresente sintoma algum, pois, com a ajuda dos métodos diagnósticos e a habilidade do profissional, é possível detectar as alterações e prevenir problemas futuros.
Outros exemplos, são cenas vistas em jogos esportivos quando um atleta tem um agravo, podendo ser até fatal. Mesmo estes atletas de alta performance que têm acompanhamento médico regular, ainda assim, há sempre um risco de complicações. Isso pode ocorrer por doenças previamente estabelecidas ou adquiridas ao longo da vida. Como o músculo cardíaco é muito exigido nestes indivíduos, o coração pode apresentar diversas modificações, dentre elas, o aumento da sua massa, condição denominada hipertrofia. Como consequência, pode haver aumento da instabilidade elétrica e, então, o surgimento de arritmias.
Mesmo para quem não é atleta de alto rendimento, mas busca por qualidade de vida fazendo exercícios físicos regulares, ou mesmo crianças que iniciem algum de tipo de atividade com esforço físico, o ideal é passar por uma análise do cardiologista para prevenir e evitar problemas potencialmente mais graves no futuro. Isso é especialmente recomendado caso haja algum caso de cardiopatia familiar, devido a chance de transmissão genética.
Atualmente, o médico, Ricardo Carneiro Amarante, atende no Hospital Regional Hilda Strenger Ribeiro, no estado do Mato Grosso. Ainda, mantém atendimentos quinzenais no estado de São Paulo, principalmente, no Hospital do Coração (HCor) onde trabalha há 11 anos.
Vida Acadêmica
Vida de dedicação aos estudos, à medicina e aos esportes. Nascido em Brasília, com 16 anos de carreira, o médico cardiologista, Ricardo Carneiro Amarante possui uma trajetória acadêmica e profissional notável. Sua formação em medicina pela Universidade Católica de Brasília em 2008, foi apenas o início de uma série de especializações que o levaram a se tornar um especialista em cardiologia, eletrofisiologia clínica e invasiva e estimulação cardíaca artificial. Com residências e especializações realizadas em instituições renomadas como o Hospital de Base do Distrito Federal, o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia do Estado de São Paulo e o Hospital do Coração de São Paulo, acumulou títulos de especialista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) e título de especialista em Estimulação Cardíaca Artificial (DECA).
Ao longo dos anos, o Dr. Amarante buscou ampliar sua formação e, assim, buscou mais conhecimento através do MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e no Doutorado em Ciências pela USP (Universidade de São Paulo). Acumulou publicações, títulos e premiações em congressos e concursos, sendo que um deles, lhe deu a oportunidade vivenciar e participar em alguns dos principais serviços de eletrofisiologia e estimulação cardíaca da Alemanha.
Atualmente, ele desempenha papéis cruciais como médico titular da Equipe BR Arritmia no HCor-SP e coordenador do Serviço de Tilt Test, além de suas funções como cardiologista e eletrofisiologista no Hospital Regional Hilda Strenger Ribeiro, na cidade de Nova Mutum-MT, contribuindo significativamente para a melhora da saúde e do coração da população.
Dr. Ricardo Carneiro Amarante
Médico Cardiologista e Cirurgião
CRM/MT 15502
RQE
Whatz (11)98340-7078