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Retomada da Assut e inclusão de autistas são temas da tribuna livre

05/04/2024
Retomada da Assut e inclusão de autistas são temas da tribuna livre
O presidente da Associação dos Usuários do Transporte Coletivo (Assut), Pedro Aquino, esteve na Câmara de Cuiabá, a convite do vereador Kassio Coelho (PRD), para falar sobre o retorno das atividades da entidade com 34 anos de serviços prestados, mas que estavam parados em razão da pandemia. Ele participou da tribuna livre durante a sessão desta quinta-feira (04.04).
A nova diretoria da Assut foi eleita em agosto de 2023 e desde o fim de dezembro reabriu as portas, agora no bairro Jardim Guanabara. Com menos de um ano de trabalho, já são 15 mil seguidores nas redes sociais e eles pretendem chegar a 100 mil usuários do transporte coletivo.&nbsp
“Os usuários do transporte coletivo não tinham a quem recorrer, pois falta fiscalização. Estivemos na Semob e na Arsec cobrando demandas, pois todos os dias temos reclamações de ônibus quebrados sem sinalização, ônibus sem ar condicionado, falta de abrigo nos pontos de ônibus, ônibus que pegou fogo no CPA e não tinha extintor”, destacou Pedro Aquino.
Em parceria com a Assembleia Legislativa e Defensoria Pública, a Assut deve lançar na segunda quinzena deste mês a campanha “Meu corpo não é público”, para combate ao assédio e importunação sexual dentro dos coletivos. A Associação busca apoio da Câmara na ação.&nbsp
Para o vereador Kássio Coelho, a Câmara precisa endurecer as leis, pois há muitos casos de ônibus sendo rebocado, em más situações de estarem circulando e pouco é feito para mudar isso.&nbsp
“Também apresentamos a lei do PIX, para que o usuário possa utilizar deste tipo de pagamento ou no cartão de crédito ou débito. A gente está preocupado em dar mais agilidade para aqueles que não possuem cartão transporte”.&nbsp
Convidado pela vereadora Maysa Leão (Republicanos), o neuropsicólogo Elieverson Douglas da Costa, disse que a lógica da inclusão é apenas a ponta do iceberg. Para ele, as crianças e adolescentes dentro do espectro autista precisam de suporte multidisciplinar, com avaliações específicas e especializadas e numa conclusão diagnóstica adequada para ter um plano de reabilitação ou habitação.&nbsp
“O neuropsicólogo vai acompanhar a criança desde a fase do processo de avaliação. O psicodiagnóstico é clínico, com análise do comportamento, com alguns testes, alguns sistemas de rastreio e de investigação através da família, do contexto do desenvolvimento daquela criança para posteriormente estruturar um processo ou um planejamento terapêutico inicial dessa criança. Esse planejamento terapêutico que a gente vai chamar de reabilitação ou habilitação, ou seja, a habilitação ela é uma segunda etapa no qual vai estimular neurologicamente, cognitivamente e a partir do comportamento para que essa criança se desenvolva sem adquirir defasagens no seu processo de desenvolvimento e para que ela tenha comportamentos adaptativos o máximo possível e participe socialmente, interaja, conviva com a sua família e tenha acesso a oportunidades como outras crianças”, declarou o especialista.&nbsp
A vereadora Maysa Leão disse que levou o profissional para destacar a importância de uma avaliação aprofundada, fazendo o retrato da realidade da pessoa para que as terapias possam agir em cima da realidade comportamental da pessoa autista.&nbsp
“Infelizmente esse tipo de avaliação hoje não é disponível ainda no nosso SUS. Nós estamos com dificuldades basais no município de Cuiabá para fazer diagnóstico. A fila do diagnóstico no CEM (Centro de Especialidades Médicas) tem mais de mil pessoas e ela nunca diminui pela escassez de equipe e por não termos estruturado um sistema primário e secundário que possa fazer uma avaliação dessas crianças e fazer um encaminhamento mais adequado”.
Secom – Câmara Municipal de Cuiabá

Fonte: Câmara de Cuiabá – MT

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