Uma fruta benéfica a saúde humana, cuja rentabilidade pode chegar a R$ 300 mil por hectare cultivado. Assim o engenheiro agrônomo e chefe do Campo Experimental e de Produção (Cexpro) da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Welington Procópio, classificou o cultivo da pitaya.
As informações foram repassadas durante o 1º Encontro Técnico Manejo da Cultura da Pitaya, realizado nesta sexta-feira (15), no Assentamento Jonas Pinheiro, pela Secretaria de Agricultura Familiar e Segurança Alimentar (Semasa), por meio do programa Frutifica.
“Se for bem manuseada uma lavoura de pitaya pode durar por até 15 anos. A colheita ocorre no primeiro ano, sendo que na segunda colheita já é possível cobrir os custos dos investimentos”, explica Procópio.
O especialista reitera que, por ser relativamente nova, a cultura ainda gera muitas dúvidas ao setor produtivo. Mas, segundo ele, desde que sejam seguidas as recomendações técnicas, o manejo da cultura tende a ser bem simples se comparado com outros hortifrutis.
“Os cuidados começam no preparo do solo, passando para o monitoramento de pragas e doenças, e findam com a colheita dos frutos maduros. Quanto mais tecnificado for o processo, maior será a rentabilidade do produtor”, avalia o engenheiro agrônomo.
Para a produtora rural Leonilda Luciana Estruziani da Silva, as orientações técnicas vieram num momento oportuno. Há três anos se dedicando ao cultivo da pitaya, ela revela que ainda encontra dificuldades para ‘alinhar’ a lavoura com aproximadamente 300 pés da fruta.
“A pitaya entrou em minha vida de forma inesperada. Ganhei uma mudinha, plantei, cuidei a acabei me encantando pelo fruto. Mas nem tudo são flores. Para chegar até aqui eu perdi muitas plantas e até pensei em desistir. O apoio que recebi da Semasa foi fundamental para que pudesse aumentar a produção”, relembra Luciana que atualmente vende a produção para familiares e alguns amigos.
“Já decidimos que esse ano vamos aumentar a capacidade de produção. Também estudamos analisando a possibilidade de comercializar parte da produção em feiras e supermercados locais”, emenda.
Responsável pela pasta, Marlon Zanella explica que os investimentos em capacitação e assistência técnica tem por objetivo auxiliar o pequeno produtor rural na tomada de decisões.
“A margem de lucro da agricultura familiar é pequena. Diante desse cenário, a perda do plantio, seja ele de qualquer espécie, gera grandes prejuízos. Nossas equipes técnicas identificaram essa problemática com relação a cultura da pitaya. Para mitigar riscos, e simultaneamente incentivar o aumento da produção, fomos em busca de um dos mais competentes especialistas do estado”, contextualiza Zanella ao demonstrar otimismo com o futuro do setor.
“A pitaya é uma fruta nobre presente na mesa de um seleto grupo de pessoas. Tão logo seja possível, queremos inseri-la na merenda da rede municipal de ensino e proporcionar que todos, sem exceção, tenham acesso a essa fruta saborosa e nutritiva”, emenda.
A iniciativa conta com apoio do vice-prefeito de Sorriso, Gerson Bicego. Para ele, as ações realizadas em prol a agricultura familiar são fundamentais para fortalecer o setor.
“Já somos a Capital Nacional do Agronegócio, mas também estamos trabalhando para nos tornarmos a capital nacional da agricultura familiar. Conhecemos o potencial de cada um de vocês e o que depender do nosso trabalho, muito em breve alcançaremos mais esse título para Sorriso”, enaltece Gerson.
O 1º Encontro Técnico Manejo da Cultura da Pitaya contou com apoio da Cresol, Clube Amigos da Terra (CAT) e da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).
Fonte: Prefeitura de Sorriso – MT