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Janeiro Branco: Conheça de perto as histórias de quem frequenta e trabalha no CAPS de Diamantino

O mês de Janeiro é dedicado à conscientização e prevenção da saúde mental, mas no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) este trabalho é realizado durante todo o ano. A unidade, que fica localizada no centro de Diamantino, chega a atender 300 pessoas entre pacientes e visitantes por mês.

De acordo com o médico psiquiatra do CAPS, Dr. Marco Aurélio Mendonça, a unidade atualmente trata de pacientes com transtorno de ansiedade, estresse grave, depressão, doenças mentais como bipolaridade, esquizofrenia, além de distúrbio acometido por álcool e drogas.

Atuando na unidade há 10 anos, o psiquiatra falou também sobre a importância de identificar os sinais de queda da saúde mental e as formas de buscar ajuda de um profissional.

“Quando uma pessoa pode estar sendo acometida a um quadro de depressão, tem sinais que devem ser observados, são elas: mudança de comportamento, isolamento, agressividade, insônia, sensação de desânimo, apatia e fraqueza.”

Para mudanças de hábito e resgate da saúde mental, o médico recomenda a inclusão de atividades físicas na rotina, estabelecer uma alimentação saudável, evitar ou diminuir o uso de substâncias alcoólicas e cafeína, evitar o uso de telas antes de dormir e buscar realizar atividades e hobbies que goste.

Ele ainda complementou. “É necessário sempre buscar ajuda profissional e conversar sobre suas angústias, anseios. O que tem sentido é essencial! Nossa unidade está de portas abertas e mensalmente realizamos uma roda de conversa e outras atividades que são abertas para comunidade.”

Paciente do CAPS há mais de 5 anos, Marinete Silva Santos, de 54 anos, contou como o tratamento impactou positivamente sua saúde e ressaltou a importância da busca por ajuda profissional e especializada.

“Eu cheguei a me sentir indiferente, queria sumir e não queria ver ninguém. Quanto antes a gente fizer esse ato de amor por nós mesmo, procurando ajuda, mais cedo teremos êxito em nosso tratamento. Buscar entender a si mesmo é um processo que terá momentos bons e ruins, mas mantendo-se fiel a sua rotina de tratamento, a evolução e melhoria é uma certeza.”

A paciente ainda agradeceu ao trabalho realizado pelo órgão. “Eu só tenho que agradecer à equipe do CAPS pelo cuidado e acolhimento. Foi muito importante ter sido recebida de forma acolhedora assim que busquei ajuda médica. Hoje eu me sinto viva, tenho vontade de sair, de conversar com as pessoas e isso é inestimável. Muito obrigada!

Obenise Souza Almeida, que é acompanhante de um paciente regular no CAPS, falou sobre a importância da participação da família no tratamento.

“Meu filho, para sua melhora, chegou a ser internado na clínica municipal de Cuiabá e isso só foi possível com o apoio e trabalho desenvolvido pelo CAPS. Eu sempre acompanho ele nas consultas e encontros, um leva o outro nas reuniões, sempre se apoiando. O espaço se tornou a nossa segunda casa. Vejo o quanto o apoio e a participação da família, alinhado com os profissionais, contribui na melhoria do paciente, ter persistência e muita paciência durante o processo é crucial.”

Fonte: Prefeitura de Diamantino MT

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