Demência e a realidade de necessidades e cuidados. É esse o tema de um encontro nesta quarta-feira, 06 de dezembro, em Brasília que reúne 150 representantes das cinco regiões do país. O simpósio encerra as atividades do estudo das necessidades de cuidado, custos, produção científica e investimento em pesquisa com a apresentação do Relatório Nacional sobre a Demência no Brasil. De Sorriso, a enfermeira e coordenadora da Atenção Primária, Cátia Luciano, está presente.
O Município integra a lista de 17 cidades em que 140 pacientes acompanhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), familiares e cuidadores participaram do estudo. 69,3% dos pacientes entrevistados foram mulheres. Da região Centro-Oeste integram a lista ainda os municípios de Campo Grande e Paranaíba, ambos do Mato Grosso do Sul. Cátia explica que a lista inclui municípios de médio, grande e pequeno porte. Toda a análise foi feita pelo Hospital Oswaldo Cruz.
Segundo a análise de 2010 a 2020 a população brasileira apresentou um crescimento de 6,4%; já a população acima de 60 aumentou em 56%; nove vezes a mais do que a taxa de natalidade. Hoje, estima-se que no Brasil há cerca de 2 milhões de pessoas com demência, sendo grande parte dos casos ainda não diagnosticados e a maioria depende do cuidado oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Assim como em outras regiões do mundo, o aumento de casos no Brasil aponta a urgência de uma resposta dos serviços de saúde para atender as necessidades deste grupo e esse estudo vem nesse sentido”, frisa Cátia.
Os dados também apontam que em 2019 o mundo aplicou mais de um trilhão de dólares em medicação e acompanhamento de pessoas com demência. “Nós precisamos conhecer esses pacientes, idade, necessidades, justamente para implantar estratégias que os atendam e resultem em saúde e qualidade de vida”, destaca Cátia.
Mais dados
O rápido envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. A demência – uma condição usualmente progressiva que afeta as funções cognitivas e a capacidade de realizar tarefas diárias – é mais comum nos idosos, mas não é parte do envelhecimento normal. Atualmente, mais de 55 milhões de pessoas no mundo vivem com essa condição e estima-se que, em 2050, aumentará para mais de 150 milhões. Além disso, de acordo com o relatório de atualização sobre o cenário global da demência, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em setembro de 2021, apenas um quarto dos países possuem políticas, estratégias ou planos nacionais para apoiar estes pacientes e suas famílias.
Fonte: Prefeitura de Sorriso – MT