Conforme a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Alessandra Moraes, sem a imunização adequada na infância a pessoa, seja ainda criança ou já adulta, está suscetível a desenvolver um quadro mais grave da doença, podendo contrair a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar, tipos de infecção que podem evoluir para óbito.
A gestora aproveita o Dia da Vacina BCG, que é celebrado neste sábado (01.07), para alertar a população sobre a necessidade de atualizar o cartão de vacina das crianças.
“Somente a vacina tem eficácia para prevenir a doença e evitar que uma pessoa contraia uma das formas graves da tuberculose. É necessário estar atento a caderneta de vacina dos filhos, pois essa é uma infecção evitável”, diz Alessandra.
Conforme levantamento realizado pela SES, entre 2019 e 2021 a cobertura vacinal da BCG ficou abaixo do estimado, variando entre 81% e 90%. Em 2022, a taxa alcançou a meta preconizada pelo Ministério da Saúde e atingiu uma cobertura de 95%. Para manter esse percentual e até mesmo chegar aos 100%, Alessandra lembra que é necessário o empenho dos municípios na busca ativa da população.
“As Secretarias Municipais de Saúde são as responsáveis pela definição de uma estratégia de vacinação que alcance o público alvo definido pelo Ministério da Saúde, portanto, é imprescindível o empenho dos municípios na busca ativa da população”, ressalta.
Imuniza Mais MT
Com o objetivo de incentivar as gestões municipais a atingirem as metas de imunização estabelecidas pelo Mistério da Saúde, o Governo de Mato Grosso investe o total de R$ 65 milhões no programa Imuniza Mais MT, que tem o objetivo de estruturar a Atenção Básica e premiar aos municípios que alcançarem entre 90% a 100% de cobertura vacinal contra a Covid-19, influenza e outras doenças. O programa também disponibiliza uma Unidade Móvel de Vacinação da Secretaria de Estado para auxiliar as cidades na vacinação da população.
Sobre a vacina
Entre o fim do século 19 e início de 1900, o bacilo de Koch, agente causador da tuberculose, vitimava quem tinha o sistema imunológico comprometido. Após décadas de pesquisa, os franceses Léon Calmette e Alphonse Guérin produziram a vacina composta pelo Bacilo de Calmette-Guérin – origem do nome BCG – e em 01 de julho de 1921 anunciaram a vacina que enfraquecia um dos vírus que causa a tuberculose.
Após 102 anos desse anuncio, o imunizante continua sendo a forma mais eficaz de minimizar os impactos da doença. Uma única dose dessa vacina é aplicada nos braços de recém-nascidos, sendo conhecida por deixar uma cicatriz de até 1 cm na região da injeção. Sem a imunização, as formas graves da doença podem afetar não apenas os pulmões, mas, também ossos, rins, fígado, medula óssea, meninges (membranas que envolvem o cérebro), além de gânglios do pescoço, tórax, axilas ou virilha e abdome.
Os sintomas da tuberculose são tosse seca ou produtiva (com catarro) por três semanas ou mais, febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. A transmissão acontece por via respiratória, pela eliminação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa contaminada ativa (pulmonar ou laríngea), sem tratamento.
Fonte: Governo MT – MT