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Presidente diz que acredita na recuperação das pessoas e elogia promotora e trabalhos da APAC

O presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), parabenizou e agradeceu a promotora Josane Carvalho, a presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Clarice Claudino, o procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Junior e o desembargador Orlando Perri, pelos trabalhos desenvolvidos com a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC), durante a audiência pública que debateu o tema na noite de quarta-feira (28), no auditório da Sede das Promotorias de Justiça de Cuiabá.&nbsp
Chico 2000 participou da audiência pública sobre a metodologia da APAC na construção de presídios, de maneira humanizada, porém, sem perder o caráter punitivo. A promotora esteve na tribuna da Câmara Municipal no dia 22 de junho para explicar sobre a APAC como método vantajoso financeiro e resultado social, por custar apenas 1/3 do valor de um preso normal do sistema penal, além de promover a educação na taxa de reincidência no mundo crime, redução de violência e rebeliões nas unidades prisionais. Nestas unidades, também é incentivado a prática da fé.
Durante a audiência, o presidente da Câmara disse que acredita na recuperação das pessoas e deu exemplo de um preso, cuja a namorada o procurou em 2003, no escritório de contabilidade e advocacia dele.
“Essa mulher levou para mim uma cartinha escrita por um detento que havia sido condenado a 20 anos. Nela, ele dizia que aquela que levou o bilhete é a mulher com quem ele gostaria de casar. Conseguimos realizar o casamento dentro do presídio e a partir dali, passei a ter responsabilidade com aquele casal. Tão logo, pude encaixar ele no mercado de trabalho. Quando ele progrediu para o semiaberto, ele foi trabalhar na Secretaria de Serviços Urbanos, se manteve lá quando foi para o aberto e fazem 20 anos que ele continua trabalhando lá e é um dos encarregados da limpeza dessa cidade. Basta acreditar e dar oportunidade. Hoje é um cidadão reintegrado na sociedade”, argumentou Chico.
A promotora Josane Carvalho se emocionou durante o evento agradeceu a recepção da Câmara de Vereadores de Cuiabá e todas autoridades que foram prestigiar a audiência pública. Ela contou a história sobre a época que ingressou no Ministério Público em 1994, em São José do Rio Claro.&nbsp
“Eu tinha um processo de um crime bárbaro de um homicídio cruel. Eu estava indignada com o caso e fiquei sabendo que tinha uma pessoa querendo falar comigo a respeito do processo. Veio uma senhora e ela me disse que era a mãe do preso. Eu perguntei se ela sabia o que o filho tinha feito e ela respondeu: doutora, eu sou mãe. Se a gente fizer a APAC pelas mães nós já teremos um ganho enorme, além de ganhar grandes e excelentes voluntários”, pontuou.
A presidente do TJ, Clarice Claudino, disse que a sociedade precisa tomar consciência de que o sistema prisional é de responsabilidade de todos os cidadãos e é necessário que haja maior interesse em conhecer metodologias como as da APAC, que há mais de 40 anos oferece tratamento humanizado de pessoas condenadas.&nbsp
“É importante que eles tenham recuperação, sejam reinseridos na sociedade de forma positiva. O índice de reincidência é baixo, o custo também mais baixo do que o sistema tradicional e estamos na expectativa que um&nbsp maior número de pessoas se interesse nessa proposta em ajudar e alavancar as APAC em Mato Grosso”, defendeu Clarice.
O juiz de Execução Penal de Cuiabá, Geraldo Fidélis, destacou que não existe prisão perpétua ou pena de morte. As pessoas que estão presas em algum momento vão deixar as prisões: “A APAC traz essa cooperação, educação e a transformação verdadeira da pessoa através do amor”.
Secom – Câmara Municipal de Cuiabá

Fonte: Câmara de Cuiabá – MT

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